
Entretenimento
25/09/2025 23:07
Fonte: O TEMPO
Por: O TEMPO
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Três mineiros fazem história e assumem o comando da Justiça do Trabalho no Brasil
BRASÍLIA - Pela primeira vez na história, a Justiça do Trabalho passa a ser comandada integralmente por magistrados de um mesmo estado.
Em cerimônia realizada nesta quinta-feira (25/9), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), três mineiros assumiram, simultaneamente, os postos mais altos da Corte: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho na presidência, Guilherme Caputo Bastos na vice-presidência e José Roberto Pimenta na Corregedoria-Geral.
O ineditismo marca o biênio 2025-2027 e simboliza a força da magistratura de Minas Gerais no cenário nacional.
Fundado em 1946, o TST nunca havia concentrado os três cargos de direção em representantes do mesmo estado. A nova gestão terá como desafios o fortalecimento institucional, os debates sobre reforma sindical e a adaptação da Justiça do Trabalho a um mundo em constante transformação tecnológicas nas relações laborais.
Emoção e referências culturais
O compositor Marcus Viana, também mineiro, deu o tom da cerimônia com canções que dialogam com a história e a identidade do estado. Ao lado do Quarteto de Cordas do Teatro Nacional Cláudio Santoro, regido pelo maestro Cláudio Cohen, Viana apresentou clássicos como Oh, Minas Gerais, Caçador de Mim e Pátria Minas.
A cerimônia e os discursos também trouxeram referências à cultura mineira, como imagens de locomotivas, trechos de Milton Nascimento e Fernando Brant, além de evocações à tradição das chegadas e partidas que marcam o imaginário do estado.
Autoridades e aplausos raros
O evento contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, recém-chegado de uma agenda intensa em viagem aos Estados Unidos, compareceu à solenidade em Brasília. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, também esteve presente.
Ambos, inclusive, foram ovacionados pela plateia - um gesto incomum em cerimônias apartidárias do Judiciário. Ao lado deles, estavam o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ex-ministros.
Os desafios da nova gestão
À frente da Justiça do Trabalho pelos próximos dois anos, Vieira de Mello Filho, Caputo Bastos e José Roberto Pimenta terão de conduzir a Corte em um momento de intensos debates sobre a reforma sindical, a adaptação das relações de trabalho a novas tecnologias e o fortalecimento institucional do Judiciário trabalhista.
Vieira de Mello Filho destacou, em seu discurso, a necessidade de valorizar trabalhadores e trabalhadoras invisibilizados. "Todos nós temos família, todos nós temos uma expectativa na vida. Se não construirmos isso para todos, não teremos um país bom no futuro. Nossas novas gerações terão muitas dificuldades", afirmou.
Caputo Bastos, por sua vez, ressaltou a missão de consolidar a Justiça do Trabalho como espaço de diálogo e inclusão, enquanto Pimenta destacou o papel da Corregedoria em modernizar processos internos e reforçar o combate a práticas ilegais, como o trabalho escravo.
Saiba um pouco mais de cada ministro
Luiz Philippe Vieira de Mello Filho -- Presidente do TST
Mineiro de Belo Horizonte, ingressou na magistratura trabalhista em 1987. Foi desembargador do TRT da 3ª Região e, em 2006, chegou ao TST. Já ocupou cargos de destaque, como a vice-presidência da Corte (2020-2022) e a Corregedoria-Geral (2024-2026). Também representou o tribunal no Conselho Nacional de Justiça. Reconhecido por sua defesa da justiça social, assume a presidência do TST com quase quatro décadas de experiência.
Guilherme Caputo Bastos - Vice-presidente do TST
Nascido em Juiz de Fora, é formado em Ciências Econômicas e em Direito, com pós-graduação no Brasil e na Espanha, além de doutorado em Direito Desportivo. Ingressou na magistratura em 1989 e presidiu o TRT da 23ª Região (MT) antes de ser nomeado ministro do TST, em 2007. Foi corregedor-geral da Justiça do Trabalho e é referência em direito desportivo e portuário.
José Roberto Freire Pimenta - Corregedor-Geral do TST
Natural de São Sebastião do Paraíso, é bacharel, especialista e doutor em Direito Constitucional pela UFMG. Atuou como advogado sindical e procurador do Estado antes de ingressar na magistratura, em 1988. No TST desde 2010, presidiu turmas, integrou comissões estratégicas e é conhecido pelo rigor acadêmico e atuação no combate ao trabalho escravo. Agora, assume a Corregedoria-Geral com a missão de modernizar o órgão.
Em cerimônia realizada nesta quinta-feira (25/9), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), três mineiros assumiram, simultaneamente, os postos mais altos da Corte: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho na presidência, Guilherme Caputo Bastos na vice-presidência e José Roberto Pimenta na Corregedoria-Geral.
O ineditismo marca o biênio 2025-2027 e simboliza a força da magistratura de Minas Gerais no cenário nacional.
Fundado em 1946, o TST nunca havia concentrado os três cargos de direção em representantes do mesmo estado. A nova gestão terá como desafios o fortalecimento institucional, os debates sobre reforma sindical e a adaptação da Justiça do Trabalho a um mundo em constante transformação tecnológicas nas relações laborais.
Emoção e referências culturais
O compositor Marcus Viana, também mineiro, deu o tom da cerimônia com canções que dialogam com a história e a identidade do estado. Ao lado do Quarteto de Cordas do Teatro Nacional Cláudio Santoro, regido pelo maestro Cláudio Cohen, Viana apresentou clássicos como Oh, Minas Gerais, Caçador de Mim e Pátria Minas.
A cerimônia e os discursos também trouxeram referências à cultura mineira, como imagens de locomotivas, trechos de Milton Nascimento e Fernando Brant, além de evocações à tradição das chegadas e partidas que marcam o imaginário do estado.
Autoridades e aplausos raros
O evento contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, recém-chegado de uma agenda intensa em viagem aos Estados Unidos, compareceu à solenidade em Brasília. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, também esteve presente.
Ambos, inclusive, foram ovacionados pela plateia - um gesto incomum em cerimônias apartidárias do Judiciário. Ao lado deles, estavam o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ex-ministros.
Os desafios da nova gestão
À frente da Justiça do Trabalho pelos próximos dois anos, Vieira de Mello Filho, Caputo Bastos e José Roberto Pimenta terão de conduzir a Corte em um momento de intensos debates sobre a reforma sindical, a adaptação das relações de trabalho a novas tecnologias e o fortalecimento institucional do Judiciário trabalhista.
Vieira de Mello Filho destacou, em seu discurso, a necessidade de valorizar trabalhadores e trabalhadoras invisibilizados. "Todos nós temos família, todos nós temos uma expectativa na vida. Se não construirmos isso para todos, não teremos um país bom no futuro. Nossas novas gerações terão muitas dificuldades", afirmou.
Caputo Bastos, por sua vez, ressaltou a missão de consolidar a Justiça do Trabalho como espaço de diálogo e inclusão, enquanto Pimenta destacou o papel da Corregedoria em modernizar processos internos e reforçar o combate a práticas ilegais, como o trabalho escravo.
Saiba um pouco mais de cada ministro
Luiz Philippe Vieira de Mello Filho -- Presidente do TST
Mineiro de Belo Horizonte, ingressou na magistratura trabalhista em 1987. Foi desembargador do TRT da 3ª Região e, em 2006, chegou ao TST. Já ocupou cargos de destaque, como a vice-presidência da Corte (2020-2022) e a Corregedoria-Geral (2024-2026). Também representou o tribunal no Conselho Nacional de Justiça. Reconhecido por sua defesa da justiça social, assume a presidência do TST com quase quatro décadas de experiência.
Guilherme Caputo Bastos - Vice-presidente do TST
Nascido em Juiz de Fora, é formado em Ciências Econômicas e em Direito, com pós-graduação no Brasil e na Espanha, além de doutorado em Direito Desportivo. Ingressou na magistratura em 1989 e presidiu o TRT da 23ª Região (MT) antes de ser nomeado ministro do TST, em 2007. Foi corregedor-geral da Justiça do Trabalho e é referência em direito desportivo e portuário.
José Roberto Freire Pimenta - Corregedor-Geral do TST
Natural de São Sebastião do Paraíso, é bacharel, especialista e doutor em Direito Constitucional pela UFMG. Atuou como advogado sindical e procurador do Estado antes de ingressar na magistratura, em 1988. No TST desde 2010, presidiu turmas, integrou comissões estratégicas e é conhecido pelo rigor acadêmico e atuação no combate ao trabalho escravo. Agora, assume a Corregedoria-Geral com a missão de modernizar o órgão.