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27/10/2025 21:35
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Relator da CPI do INSS cobra depoimento de deputado sobre venda de avião e indicação de ex-diretor
BRASÍLIA - O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), cobrou depoimentos do senador Weverton Rocha (PDT-MA) e do deputado Euclydes Pettersen (Republicanos-MG), que teriam ligações com investigados pelas fraudes nas aposentadorias e pensões. O nome do político mineiro reapareceu na comissão nesta segunda-feira, durante o depoimento de Alexandre Guimarães, ex-diretor de Governança do INSS.
Guimarães é suspeito de receber R$ 313 mil de Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS. À CPI, Guimarães disse que chegou à diretoria de Governança, Planejamento e Inovação por indicação do deputado Euclydes Pettersen. Segundo ele, o convite para chefiar a área chegou após reunião com o parlamentar. "Foi uma conversa simples, rápida. Ele [deputado] disse que o currículo chegou até ele, que tinha um cargo na diretoria de Governança. A diretoria estava começando", declarou.
A afirmação despertou a cobrança do relator, que pediu ao presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), para viabilizar o depoimento do deputado Euclydes Pettersen. "Está na hora de esclarecermos alguns pontos. Falo especificamente do deputado, que eu não conhecia, mas houve um repasse de recursos para o ITT, ligado à Conafer... Espero que não haja nenhuma blindagem, será bom para o deputado dar esses esclarecimentos", disse Gaspar. "Então, o deputado Euclydes tem essa negociação da aeronave que exige uma explicação, e, agora, o senhor está dizendo que foi indicado para a diretoria do INSS após uma conversa com esse deputado", acrescentou se dirigindo ao depoente.
O deputado Euclydes Pettersen negociou um avião que pertencia a ele a Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT), ONG ligada à Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). A entidade é uma das associações ligadas às fraudes dos descontos ilegais nas aposentadorias e pensões pagos pelo INSS. O ITT recebeu R$ 2,5 milhões em emendas direcionadas pelo deputado.
Resposta
Questionado sobre a reunião com Alexandre Guimarães, o deputado Euclydes Pettersen informou que o encontro pode ter ocorrido, mas, negou se tratar de evento atípico. "Posso, realmente, ter me reunido com ele, igual tantos outros que nos procuram para indicações nos órgãos que esses servidores pedem apoio, isso desde de um prestador de serviços gerais até ministros do STF", afirmou. "Agora, daí para frente, cabe a cada um desses indicados serem responsáveis por suas ações".
Sobre a negociação da aeronave, o deputado informou que não vendeu, cedeu ou negociou avião ou outros bens de sua propriedade com entidades investigadas. "A aeronaeve de pequeno porte, monomotor, que possuí no ano de 2021, foi regularmente vendida a particulares totalmente estranhos a tais investigações, sendo que todas as eventuais revendas posteriores ocorreram sem minha participação, conhecimento ou consentimento", manifestou.
Weverton Rocha
O nome do senador Weverton Rocha também apareceu em depoimentos coletados pela CPI do INSS, e o relator Alfredo Gaspar quer ouvi-lo. A primeira razão é a relação entre Weverton e o contador Rodrigo Martins Correia, funcionário de uma empresa do senador e sócio de uma das empresas do Careca do INSS. Outra é a atuação de Gustavo Gaspar, ex-assessor de Weverton Rocha, que concedeu procuração a Rubens Oliveira Costa, um dos operadores finaneiros da fraude no INSS.
Guimarães é suspeito de receber R$ 313 mil de Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS. À CPI, Guimarães disse que chegou à diretoria de Governança, Planejamento e Inovação por indicação do deputado Euclydes Pettersen. Segundo ele, o convite para chefiar a área chegou após reunião com o parlamentar. "Foi uma conversa simples, rápida. Ele [deputado] disse que o currículo chegou até ele, que tinha um cargo na diretoria de Governança. A diretoria estava começando", declarou.
A afirmação despertou a cobrança do relator, que pediu ao presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), para viabilizar o depoimento do deputado Euclydes Pettersen. "Está na hora de esclarecermos alguns pontos. Falo especificamente do deputado, que eu não conhecia, mas houve um repasse de recursos para o ITT, ligado à Conafer... Espero que não haja nenhuma blindagem, será bom para o deputado dar esses esclarecimentos", disse Gaspar. "Então, o deputado Euclydes tem essa negociação da aeronave que exige uma explicação, e, agora, o senhor está dizendo que foi indicado para a diretoria do INSS após uma conversa com esse deputado", acrescentou se dirigindo ao depoente.
O deputado Euclydes Pettersen negociou um avião que pertencia a ele a Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT), ONG ligada à Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). A entidade é uma das associações ligadas às fraudes dos descontos ilegais nas aposentadorias e pensões pagos pelo INSS. O ITT recebeu R$ 2,5 milhões em emendas direcionadas pelo deputado.
Resposta
Questionado sobre a reunião com Alexandre Guimarães, o deputado Euclydes Pettersen informou que o encontro pode ter ocorrido, mas, negou se tratar de evento atípico. "Posso, realmente, ter me reunido com ele, igual tantos outros que nos procuram para indicações nos órgãos que esses servidores pedem apoio, isso desde de um prestador de serviços gerais até ministros do STF", afirmou. "Agora, daí para frente, cabe a cada um desses indicados serem responsáveis por suas ações".
Sobre a negociação da aeronave, o deputado informou que não vendeu, cedeu ou negociou avião ou outros bens de sua propriedade com entidades investigadas. "A aeronaeve de pequeno porte, monomotor, que possuí no ano de 2021, foi regularmente vendida a particulares totalmente estranhos a tais investigações, sendo que todas as eventuais revendas posteriores ocorreram sem minha participação, conhecimento ou consentimento", manifestou.
Weverton Rocha
O nome do senador Weverton Rocha também apareceu em depoimentos coletados pela CPI do INSS, e o relator Alfredo Gaspar quer ouvi-lo. A primeira razão é a relação entre Weverton e o contador Rodrigo Martins Correia, funcionário de uma empresa do senador e sócio de uma das empresas do Careca do INSS. Outra é a atuação de Gustavo Gaspar, ex-assessor de Weverton Rocha, que concedeu procuração a Rubens Oliveira Costa, um dos operadores finaneiros da fraude no INSS.