
Digital
03/10/2025 23:32
Fonte: O TEMPO
Por: O TEMPO
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Por orientação dos advogados, Jair Bolsonaro não dará entrevistas neste momento, diz Flávio
BRASÍLIA - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta sexta-feira (3/10) que Jair Bolsonaro (PL) não dará entrevistas neste momento, por orientação de seus advogados. O ex-presidente cumpre prisão domiciliar. Todas as visitas de Bolsonaro precisam de autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Bolsonaro não dará entrevistas neste momento, por orientação de seus advogados. Para que isso aconteça, entendo que seriam necessárias algumas condições. Por exemplo, que seja ao vivo e com a garantia de que suas cautelares não serão agravadas conforme o que ele responder. Do jeito que está hoje, me parece uma pegadinha", escreveu Flávio nas redes sociais.
Vários pedidos de entrevista foram protocolados no STF. Nesta sexta-feira, Moraes autorizou a participação de Jair Bolsonaro no podcast Café com Ferri, do influenciador Rafael Ferri.
Também pelas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ainda acusou Rafael Ferri de se beneficiar pessoalmente e de explorar politicamente a ocasião.
"Não conhecia esse seu lado tão vil. Parece já saber as respostas e deleita-se por ser agraciado pelo regime com a permissão para fazer o podcast. Em vez de trabalhar pela liberdade de um homem preso injustamente, regozija-se por poder entrevistar o sequestrado. Mais do que lamentável, soa repugnante", afirmou.
Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar um plano de golpe de Estado. As medidas cautelares foram determinadas no âmbito do inquérito que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e as suspeitas dos crimes de coação, obstrução e abolição do Estado democrático de direito que recaem sobre ele.
Entenda decisão de Moraes sobre prisão domiciliar
O ministro Alexandre de Moraes determinou, no início de agosto, a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, alegando que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares impostas a ele. Na decisão, Moraes citou que Bolsonaro veiculou conteúdo nas redes sociais dos filhos, com "claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro".
"O réu Jair Messias Bolsonaro se dirigiu aos manifestantes reunidos em Copacabana, no Rio de Janeiro, produzindo dolosa e conscientemente material pré fabricado para seus partidários continuarem a tentar coagir o Supremo Tribunal Federal e obstruir a Justiça, tanto que o telefonema com o seu filho Flávio Nantes Bolsonaro foi publicado na plataforma Instagram", justificou o magistrado.
Proibido de sair de casa aos finais de semana, o ex-presidente acompanhou por videochamadas parte dos atos que aconteceram em várias cidades do país na manhã de domingo. Em vídeos divulgados por sua equipe e publicados em redes sociais por aliados, Bolsonaro aparece nos arredores da piscina de sua casa, em Brasília, enquanto fazia ligações de vídeo com presentes nos atos.
"Não seria lógico e razoável permitir a utilização do mesmo modus operandi criminoso com diversas postagens nas redes sociais de terceiros, em especial por 'milícias digitais' e apoiadores políticos previamente coordenados para a divulgação das condutas ilícitas que, eventualmente, poderiam ser praticadas por Jair Messias Bolsonaro", escreveu Moraes.
Condutas, de acordo com o ministro, "sejam em entrevistas, sejam em atos públicos, mas sempre com a finalidade de continuar a induzir e instigar chefe de Estado estrangeiro a tomar medidas para interferir ilicitamente no regular curso do processo judicial, de modo a resultar em pressão social em face das autoridades brasileiras, com flagrante atentado à soberania nacional".
"Bolsonaro não dará entrevistas neste momento, por orientação de seus advogados. Para que isso aconteça, entendo que seriam necessárias algumas condições. Por exemplo, que seja ao vivo e com a garantia de que suas cautelares não serão agravadas conforme o que ele responder. Do jeito que está hoje, me parece uma pegadinha", escreveu Flávio nas redes sociais.
Vários pedidos de entrevista foram protocolados no STF. Nesta sexta-feira, Moraes autorizou a participação de Jair Bolsonaro no podcast Café com Ferri, do influenciador Rafael Ferri.
Também pelas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ainda acusou Rafael Ferri de se beneficiar pessoalmente e de explorar politicamente a ocasião.
"Não conhecia esse seu lado tão vil. Parece já saber as respostas e deleita-se por ser agraciado pelo regime com a permissão para fazer o podcast. Em vez de trabalhar pela liberdade de um homem preso injustamente, regozija-se por poder entrevistar o sequestrado. Mais do que lamentável, soa repugnante", afirmou.
Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar um plano de golpe de Estado. As medidas cautelares foram determinadas no âmbito do inquérito que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e as suspeitas dos crimes de coação, obstrução e abolição do Estado democrático de direito que recaem sobre ele.
Entenda decisão de Moraes sobre prisão domiciliar
O ministro Alexandre de Moraes determinou, no início de agosto, a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, alegando que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares impostas a ele. Na decisão, Moraes citou que Bolsonaro veiculou conteúdo nas redes sociais dos filhos, com "claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro".
"O réu Jair Messias Bolsonaro se dirigiu aos manifestantes reunidos em Copacabana, no Rio de Janeiro, produzindo dolosa e conscientemente material pré fabricado para seus partidários continuarem a tentar coagir o Supremo Tribunal Federal e obstruir a Justiça, tanto que o telefonema com o seu filho Flávio Nantes Bolsonaro foi publicado na plataforma Instagram", justificou o magistrado.
Proibido de sair de casa aos finais de semana, o ex-presidente acompanhou por videochamadas parte dos atos que aconteceram em várias cidades do país na manhã de domingo. Em vídeos divulgados por sua equipe e publicados em redes sociais por aliados, Bolsonaro aparece nos arredores da piscina de sua casa, em Brasília, enquanto fazia ligações de vídeo com presentes nos atos.
"Não seria lógico e razoável permitir a utilização do mesmo modus operandi criminoso com diversas postagens nas redes sociais de terceiros, em especial por 'milícias digitais' e apoiadores políticos previamente coordenados para a divulgação das condutas ilícitas que, eventualmente, poderiam ser praticadas por Jair Messias Bolsonaro", escreveu Moraes.
Condutas, de acordo com o ministro, "sejam em entrevistas, sejam em atos públicos, mas sempre com a finalidade de continuar a induzir e instigar chefe de Estado estrangeiro a tomar medidas para interferir ilicitamente no regular curso do processo judicial, de modo a resultar em pressão social em face das autoridades brasileiras, com flagrante atentado à soberania nacional".