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28/09/2025 19:58
Fonte: notícias
Por: notícias
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Manejo eficiente da água redefine a cafeicultura regional
Em São João da Boa Vista (SP), a adoção da irrigação por gotejamento elevou em até 40 sacas por hectare a produção de café, com retorno do investimento já na primeira safra.
A irrigação vem se consolidando como uma aliada estratégica para os cafeicultores brasileiros diante das variações climáticas e da instabilidade hídrica. Em São João da Boa Vista (SP), a experiência da Fazenda Estiva ilustra como o uso do gotejamento pode transformar a produtividade e a qualidade da lavoura de café arábica.
Com 180 hectares de área irrigada, a propriedade, tradicional na produção de café há mais de seis décadas, registrou um salto expressivo na produtividade. O produtor Maércio Diogo de Oliveira relata que, antes da adoção da tecnologia, a média não passava de 25 sacas por hectare. "Com a irrigação, em dois anos e meio nós produzimos em torno de 60, chegando até 65 sacas por hectare. É um salto impressionante", disse.
O impacto econômico também foi imediato. De acordo com Rafael Gonzaga, especialista agronômico, o incremento de até 40 sacas por hectare garantiu retorno do investimento já na primeira safra. A viabilidade da tecnologia, explica ele, está diretamente ligada ao manejo eficiente da água e dos nutrientes.
Na avaliação de Oliveira, a mudança foi além do ganho produtivo. "Não é muito difícil você ter a terra, conseguir comprar, às vezes até ter capital. O mais difícil é mudar a maneira de pensar. A partir do momento que você pensa diferente, você muda a maneira de agir. Usar a água de forma adequada, com um sistema adequado, é agir com segurança e sabedoria", afirmou.
Outro benefício relatado pela equipe da fazenda está na qualidade do café. Para Bárbara Rocha, do setor administrativo, a fertirrigação trouxe ganhos consistentes. "A produtividade aumentou bastante e a qualidade também está surpreendente. Desde que começamos com a irrigação, via fertirrigação, os resultados são muito positivos, inclusive financeiramente", destacou.
A trajetória da propriedade começou de forma experimental. O administrador de produção Moisés Marcondes lembra que o déficit hídrico na região motivou o primeiro teste, realizado em apenas 1,5 hectare. "Foi um resultado impressionante, um investimento muito bom. A partir dali tomamos a decisão de expandir", contou. Hoje, a área irrigada cobre toda a fazenda.
Os avanços alcançados pelos produtores de São João da Boa Vista refletem uma tendência observada em diversas regiões do Brasil, onde a irrigação tem sido incorporada como estratégia de resiliência frente ao clima e de aumento da eficiência agrícola. Além de proporcionar maior estabilidade produtiva, a técnica favorece a sustentabilidade ao otimizar o uso da água e garantir aplicação precisa de nutrientes diretamente na raiz da planta.
Para especialistas em irrigação, sistemas bem dimensionados podem ter vida útil de até 20 anos, assegurando uniformidade e eficiência na distribuição. Essa durabilidade, associada ao suporte técnico adequado, amplia a segurança dos produtores em investir em uma prática que alia rentabilidade e preservação de recursos.
O caso da Fazenda Estiva mostra que a irrigação por gotejamento não se limita a regiões tradicionalmente irrigadas e pode ser decisiva para ampliar a competitividade do café brasileiro. Ao integrar produtividade, qualidade e sustentabilidade, a técnica se apresenta como alternativa para enfrentar os desafios hídricos e atender às exigências de mercados cada vez mais atentos à eficiência no uso de recursos naturais.
A irrigação vem se consolidando como uma aliada estratégica para os cafeicultores brasileiros diante das variações climáticas e da instabilidade hídrica. Em São João da Boa Vista (SP), a experiência da Fazenda Estiva ilustra como o uso do gotejamento pode transformar a produtividade e a qualidade da lavoura de café arábica.
Com 180 hectares de área irrigada, a propriedade, tradicional na produção de café há mais de seis décadas, registrou um salto expressivo na produtividade. O produtor Maércio Diogo de Oliveira relata que, antes da adoção da tecnologia, a média não passava de 25 sacas por hectare. "Com a irrigação, em dois anos e meio nós produzimos em torno de 60, chegando até 65 sacas por hectare. É um salto impressionante", disse.
O impacto econômico também foi imediato. De acordo com Rafael Gonzaga, especialista agronômico, o incremento de até 40 sacas por hectare garantiu retorno do investimento já na primeira safra. A viabilidade da tecnologia, explica ele, está diretamente ligada ao manejo eficiente da água e dos nutrientes.
Na avaliação de Oliveira, a mudança foi além do ganho produtivo. "Não é muito difícil você ter a terra, conseguir comprar, às vezes até ter capital. O mais difícil é mudar a maneira de pensar. A partir do momento que você pensa diferente, você muda a maneira de agir. Usar a água de forma adequada, com um sistema adequado, é agir com segurança e sabedoria", afirmou.
Outro benefício relatado pela equipe da fazenda está na qualidade do café. Para Bárbara Rocha, do setor administrativo, a fertirrigação trouxe ganhos consistentes. "A produtividade aumentou bastante e a qualidade também está surpreendente. Desde que começamos com a irrigação, via fertirrigação, os resultados são muito positivos, inclusive financeiramente", destacou.
A trajetória da propriedade começou de forma experimental. O administrador de produção Moisés Marcondes lembra que o déficit hídrico na região motivou o primeiro teste, realizado em apenas 1,5 hectare. "Foi um resultado impressionante, um investimento muito bom. A partir dali tomamos a decisão de expandir", contou. Hoje, a área irrigada cobre toda a fazenda.
Os avanços alcançados pelos produtores de São João da Boa Vista refletem uma tendência observada em diversas regiões do Brasil, onde a irrigação tem sido incorporada como estratégia de resiliência frente ao clima e de aumento da eficiência agrícola. Além de proporcionar maior estabilidade produtiva, a técnica favorece a sustentabilidade ao otimizar o uso da água e garantir aplicação precisa de nutrientes diretamente na raiz da planta.
Para especialistas em irrigação, sistemas bem dimensionados podem ter vida útil de até 20 anos, assegurando uniformidade e eficiência na distribuição. Essa durabilidade, associada ao suporte técnico adequado, amplia a segurança dos produtores em investir em uma prática que alia rentabilidade e preservação de recursos.
O caso da Fazenda Estiva mostra que a irrigação por gotejamento não se limita a regiões tradicionalmente irrigadas e pode ser decisiva para ampliar a competitividade do café brasileiro. Ao integrar produtividade, qualidade e sustentabilidade, a técnica se apresenta como alternativa para enfrentar os desafios hídricos e atender às exigências de mercados cada vez mais atentos à eficiência no uso de recursos naturais.