
Geral
21/09/2025 23:23
Fonte: DiviNews.com
Por: DiviNews.com
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"Licença para o crime": Divinópolis vai às ruas contra a PEC da Impunidade e pede fim da blindagem parlamentar
Divinópolis viveu na tarde desta sexta-feira (19) um momento histórico de mobilização popular. Centenas de pessoas se concentraram na Praça do Santuário, a partir das 16h, em protesto contra a aprovação da PEC da Blindagem, chamada por muitos de PEC da Impunidade. Para os manifestantes, a proposta equivale a conceder uma licença para parlamentares cometerem crimes sem punição.
O ato contou com militantes de partidos políticos e também com a participação de estudantes, embora em menor número se comparado a épocas passadas, quando entidades como a UNE eram protagonistas na luta estudantil. Hoje, como destacou um dos participantes, muitos jovens estão divididos politicamente, inclusive com presença marcante de setores da direita e até da extrema direita.
O vereador Vitor Costa, presidente do PT de Divinópolis, participou ativamente do protesto e classificou a PEC como um verdadeiro "passe livre para o crime". Em entrevista ao Divinews, ele disse que a proposta representa um perigo à democracia: "Um deputado vai ficar blindado, praticamente, e ele pode estuprar, pode matar alguém com uma arma, pode atropelar, e só será investigado se o Congresso aprovar. Isso é um chamariz para o crime organizado disputar cadeiras no Congresso"
Vitor ainda criticou os 12 deputados federais do PT que votaram favoravelmente à proposta, apontando que a decisão contrariou os princípios do partido. Ele revelou que o diretório municipal encaminhou uma circular interna para os níveis estadual e nacional, manifestando insatisfação com a posição desses parlamentares. Para ele, é inadmissível negociar princípios em troca de acordos com a extrema direita, que "não cumpre nada do que promete".
A militante política Eloísa Aquino, do Instituto Celso Aquino pelos Direitos Fundamentais, também marcou presença e fez um resgate histórico das lutas democráticas no Brasil. Em discurso emocionado, lembrou da greve de 1979, da fundação do PT em 1980 e da construção da Constituição Cidadã de 1988, ressaltando que os direitos sociais inscritos no artigo 7º foram conquistas que hoje estão em risco
Eloísa criticou duramente figuras políticas como Aécio Neves, Paulinho da Força e Michel Temer, classificando-os como agentes de um golpe contra a democracia. Ao comentar a votação da PEC, disse que, se fosse decisão dentro do seu partido, defenderia expulsão imediata de quem apoiasse esse tipo de medida. Para ela, o momento exige a construção de uma frente progressista para enfrentar o avanço do fascismo e combater alianças políticas que comprometem a soberania popular.
O protesto em Divinópolis se soma a mobilizações em grandes capitais como São Paulo, Belo Horizonte e Salvador, demonstrando que a insatisfação popular ultrapassa fronteiras regionais. As falas de lideranças locais, como Vitor Costa e Eloísa Aquino, traduzem o sentimento de revolta de milhares de cidadãos que não aceitam a blindagem de parlamentares diante da Justiça.
O ato contou com militantes de partidos políticos e também com a participação de estudantes, embora em menor número se comparado a épocas passadas, quando entidades como a UNE eram protagonistas na luta estudantil. Hoje, como destacou um dos participantes, muitos jovens estão divididos politicamente, inclusive com presença marcante de setores da direita e até da extrema direita.
O vereador Vitor Costa, presidente do PT de Divinópolis, participou ativamente do protesto e classificou a PEC como um verdadeiro "passe livre para o crime". Em entrevista ao Divinews, ele disse que a proposta representa um perigo à democracia: "Um deputado vai ficar blindado, praticamente, e ele pode estuprar, pode matar alguém com uma arma, pode atropelar, e só será investigado se o Congresso aprovar. Isso é um chamariz para o crime organizado disputar cadeiras no Congresso"
Vitor ainda criticou os 12 deputados federais do PT que votaram favoravelmente à proposta, apontando que a decisão contrariou os princípios do partido. Ele revelou que o diretório municipal encaminhou uma circular interna para os níveis estadual e nacional, manifestando insatisfação com a posição desses parlamentares. Para ele, é inadmissível negociar princípios em troca de acordos com a extrema direita, que "não cumpre nada do que promete".
A militante política Eloísa Aquino, do Instituto Celso Aquino pelos Direitos Fundamentais, também marcou presença e fez um resgate histórico das lutas democráticas no Brasil. Em discurso emocionado, lembrou da greve de 1979, da fundação do PT em 1980 e da construção da Constituição Cidadã de 1988, ressaltando que os direitos sociais inscritos no artigo 7º foram conquistas que hoje estão em risco
Eloísa criticou duramente figuras políticas como Aécio Neves, Paulinho da Força e Michel Temer, classificando-os como agentes de um golpe contra a democracia. Ao comentar a votação da PEC, disse que, se fosse decisão dentro do seu partido, defenderia expulsão imediata de quem apoiasse esse tipo de medida. Para ela, o momento exige a construção de uma frente progressista para enfrentar o avanço do fascismo e combater alianças políticas que comprometem a soberania popular.
O protesto em Divinópolis se soma a mobilizações em grandes capitais como São Paulo, Belo Horizonte e Salvador, demonstrando que a insatisfação popular ultrapassa fronteiras regionais. As falas de lideranças locais, como Vitor Costa e Eloísa Aquino, traduzem o sentimento de revolta de milhares de cidadãos que não aceitam a blindagem de parlamentares diante da Justiça.