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Inter leva finanças para estádio de futebol: o 'gol' é aumentar sua base de investidores | Exame
Entretenimento 19/09/2025 20:13 Fonte: Exame Por: Exame Relevância: 35

Inter leva finanças para estádio de futebol: o 'gol' é aumentar sua base de investidores | Exame

BELO HORIZONTE (MG) - Um time diferente entra em campo na Arena MRV. Não tem chuteiras, nem bola no pé, mas chega com bastante opinião e influência no mercado financeiro. As arquibancadas do estádio mineiro, espaço tradicionalmente ocupados pelas torcidas, serão tomadas por investidores: seis mil ingressos foram emitidos. A ideia foi do Inter (o banco, não o clube de futebol), que realiza seu primeiro summit neste sábado, 20, em sua cidade de origem.

O banco tirou executivos da Faria Lima para levá-los ao estádio do Atlético Mineiro, time gerido por uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e que tem a família Menin como sócia majoritária.

O evento dialoga com uma estratégia em andamento no Inter: aumentar a base de usuários do Inter Invest, área de investimentos do super app do banco, hoje com pouco mais de 8 milhões de CPFs e R$ 154 bilhões em ativos sob custódia.

E existe potencial a ser explorado dentro de casa: a base de 40 milhões de correntistas do banco. Foi pensando nela que o Inter também entrou na onda das "caixinhas" onde o cliente guarda valores de acordo com seus objetivos e rendem, no momento, 100% do CDI. No banco elas são chamadas de "porquinhos" e podem ser acessadas com um investimento inicial de R$ 1.

"O porquinho é o primeiro passo para depois fazer a diversificação, sair do CDB e conhecer outros produtos. Dentro do alta renda o crescimento é orgânico, um cliente indica o outro", afirma Mônica Saccarelli, diretora de investimentos do Inter.

"A gente tem uma base democrática", diz Alexandre Riccio, CEO do Inter no Brasil. "Somos o banco favorito da geração Z, na frente de todos os concorrentes. Temos mais de 6 milhões de correntistas com menos de 18 anos de idade e também pessoas idosas.

A base de investidores também é diversificada, diz o executivo. O Inter Invest segmenta os clientes por valores aplicados. O segmento Prime é para quem tem ao menos R$ 150 mil investidos. O Win, para clientes com pelo menos R$ 1 milhão em investimentos na plataforma.

São grupos ainda pouco representativos dentro do universo dos 8 milhões de investidores. O Inter, diz Riccio, não tem pretensão de focar crescimento em segmentos específicos de renda. A ideia é crescer a base de investidores espelhando o público esperado para o evento deste sábado.

"Um perfil democrático, que tem alta renda e o cliente que está começando. Todo mundo junto", arremata o CEO.

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