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30/10/2025 01:16
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Governos Castro e Lula anunciam escritório conjunto de combate ao crime
Por Mariana Brasil
(Folhapress) - O presidente Lula (PT) falou em "trabalho coordenado" contra o tráfico de drogas ao comentar, pela primeira vez, a operação policial que deixou mais de 100 mortos no Rio de Janeiro. A manifestação do presidente foi feita via rede social na noite desta quarta-feira (29).
"Me reuni hoje pela manhã com ministros do meu governo e determinei ao ministro da Justiça e ao diretor-geral da Polícia Federal que fossem ao Rio para encontro com o governador. Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades", escreveu no X (antigo Twitter).
"Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco. Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro", diz ainda a publicação.
O petista usou a a manifestação para pedir a aprovação da PEC da Segurança, como já vinha sendo feito por seus ministros em declarações públicas.
O chefe do Executivo passou mais de 15 horas incomunicável quando o episódio ocorreu. Ele retornava de viagem oficial à Ásia, e só tomou contato com a situação ao chegar no Brasil na noite de terça-feira (28).
O presidente ainda não havia comentado o caso. Havia uma expectativa entre aliados do petista que ele usasse a cerimônia de posse de Guilherme Boulos na Secretaria-Geral da Presidência nesta quarta para abordar o assunto, o que não acabou ocorrendo.
Lula: 'enfrentamento conjunto'
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou nesta quarta-feira (29) ao lado do ministro Ricardo Lewandowski ter chegado a um acordo com o governo Lula (PT) para instalar um escritório emergencial de enfrentamento ao crime organizado em território fluminense.
A medida, segundo ele, foi acertada após reunião entre representantes do governo estadual com o Ministério da Justiça.
O escritório será comandado pelo secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, e pelo secretário nacional da pasta homônima no governo federal, Mário Luiz Sarrubbo, ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo.
O anúncio da criação do escritório vem um dia após troca de acusações entre o governo Castro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que, na terça-feira, chegou a dizer ao titular do Palácio das Laranjeiras para que se responsabilizasse ou "jogasse a toalha".
O governador declarou que a ideia a partir de agora é que ações de combate ao crime organizado no estado aconteçam de forma integrada com o governo federal.
Segundo Claudio Castro, a expectativa é de que o escritório emergencial de enfrentamento ao crime "ajude a vencermos possíveis burocracias e integrarmos a inteligência, respeitando as competências de cada órgão".
Nesse sentido, complementou, "eliminar barreiras para fazer uma segurança pública que atenda ao nosso verdadeiro cliente: o cidadão".
Ele disse também que o problema da segurança pública se estende a todo o território nacional e que o Rio de Janeiro é epicentro da questão.
Ao lado do governador, Lewandowski afirmou que o governo Lula (PT) vai aumentar o efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio e "auxiliar com o fornecimento de médicos legistas, odontólogos, peritos e também com um banco de dados "no que diz respeito a DNA e exames de balística".
"Nós vamos conjugar forças federais com estaduais para resolver rapidamente os problemas com os quais nos deparamos na solução desta crise. Um escritório emergencial tem exatamente esse sentido: não criar mais uma estrutura burocrática permanente. É um fórum onde as forças vão conversar entre si, tomar decisões rapidamente, até que a crise seja superada", explicou Lewandowski.
Uma segunda frente envolve a Polícia Federal (PF), que vai "intensificar as atuações, as atividades de inteligência, sobretudo para descapitalização do crime", afirmou o ministro.
"Nós queremos fazer um entrosamento das forças federais, estaduais e até municipais no enfrentamento deste flagelo, desta verdadeira patologia que é a criminalidade em todos os sentidos, mas sobretudo a criminalidade organizada", disse Lewandowski.
(Folhapress) - O presidente Lula (PT) falou em "trabalho coordenado" contra o tráfico de drogas ao comentar, pela primeira vez, a operação policial que deixou mais de 100 mortos no Rio de Janeiro. A manifestação do presidente foi feita via rede social na noite desta quarta-feira (29).
"Me reuni hoje pela manhã com ministros do meu governo e determinei ao ministro da Justiça e ao diretor-geral da Polícia Federal que fossem ao Rio para encontro com o governador. Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades", escreveu no X (antigo Twitter).
"Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco. Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro", diz ainda a publicação.
O petista usou a a manifestação para pedir a aprovação da PEC da Segurança, como já vinha sendo feito por seus ministros em declarações públicas.
O chefe do Executivo passou mais de 15 horas incomunicável quando o episódio ocorreu. Ele retornava de viagem oficial à Ásia, e só tomou contato com a situação ao chegar no Brasil na noite de terça-feira (28).
O presidente ainda não havia comentado o caso. Havia uma expectativa entre aliados do petista que ele usasse a cerimônia de posse de Guilherme Boulos na Secretaria-Geral da Presidência nesta quarta para abordar o assunto, o que não acabou ocorrendo.
Lula: 'enfrentamento conjunto'
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou nesta quarta-feira (29) ao lado do ministro Ricardo Lewandowski ter chegado a um acordo com o governo Lula (PT) para instalar um escritório emergencial de enfrentamento ao crime organizado em território fluminense.
A medida, segundo ele, foi acertada após reunião entre representantes do governo estadual com o Ministério da Justiça.
O escritório será comandado pelo secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, e pelo secretário nacional da pasta homônima no governo federal, Mário Luiz Sarrubbo, ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo.
O anúncio da criação do escritório vem um dia após troca de acusações entre o governo Castro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que, na terça-feira, chegou a dizer ao titular do Palácio das Laranjeiras para que se responsabilizasse ou "jogasse a toalha".
O governador declarou que a ideia a partir de agora é que ações de combate ao crime organizado no estado aconteçam de forma integrada com o governo federal.
Segundo Claudio Castro, a expectativa é de que o escritório emergencial de enfrentamento ao crime "ajude a vencermos possíveis burocracias e integrarmos a inteligência, respeitando as competências de cada órgão".
Nesse sentido, complementou, "eliminar barreiras para fazer uma segurança pública que atenda ao nosso verdadeiro cliente: o cidadão".
Ele disse também que o problema da segurança pública se estende a todo o território nacional e que o Rio de Janeiro é epicentro da questão.
Ao lado do governador, Lewandowski afirmou que o governo Lula (PT) vai aumentar o efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio e "auxiliar com o fornecimento de médicos legistas, odontólogos, peritos e também com um banco de dados "no que diz respeito a DNA e exames de balística".
"Nós vamos conjugar forças federais com estaduais para resolver rapidamente os problemas com os quais nos deparamos na solução desta crise. Um escritório emergencial tem exatamente esse sentido: não criar mais uma estrutura burocrática permanente. É um fórum onde as forças vão conversar entre si, tomar decisões rapidamente, até que a crise seja superada", explicou Lewandowski.
Uma segunda frente envolve a Polícia Federal (PF), que vai "intensificar as atuações, as atividades de inteligência, sobretudo para descapitalização do crime", afirmou o ministro.
"Nós queremos fazer um entrosamento das forças federais, estaduais e até municipais no enfrentamento deste flagelo, desta verdadeira patologia que é a criminalidade em todos os sentidos, mas sobretudo a criminalidade organizada", disse Lewandowski.