Musica
31/10/2025 22:18
★
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Filha de Regina Casé protagoniza filme sobre deficiência auditiva
SÃO PAULO. A protagonista de "90 Decibéis" leva o filho para a escola e decide aumentar o volume de uma música que toca no sistema de áudio do carro. O filho, no banco de atrás, começa a gritar sobre o barulho insuportável. A personagem, ao tentar diminuir, acaba se chocando com outro veículo. Essa é a prmeira cena do filme, que põe em debate a questão da surdez na sociedade.
Apresentado na 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em cartaz na capital paulista, a produção tem como atriz principal Benedita Casé Zerbini, filha de Regina Casé. Profissional do audiovisual, tendo dirigido recentemente a série documental "Tardezinha", ela, que tem problemas com surdez, faz a sua estreia na frénte das câmeras.
"É o meu primeiro trabalho como atriz e eu acho que não teria nenhuma maneira mais bonita de estrear a não ser fazendo um filme com tanta representatividade. Tenho muito orgulho de poder dizer que somos atrizes e atores incríveis e que merecemos muito espaço", salienta Benedita, presente numa das sessões de "90 Decibéis" em São Paulo.
No filme dirigido por Felipe Gamarano Barbosa, Benedita vive uma advogada de grande firma que começa a sofrer uma perda progressiva da audição. A partir daí, a personagem terá que se reinventar, afetivamente e profissionalmente. Com isso,a produção toca em questões importantes como inclusão, representatividade e autonomia.
"A coisa mais importante, na verdade, era que a gente tivesse representatividade na tela", afirma a roteirista Julia Spadaccini, que é surda bilateral. "E o diretor falou: 'Vamos tentar fazer um filme 100% com artistas com deficiência. Conseguimos 95%, deixando uma pequena cota para pessoas que não tinham deficiência", assinala.
"Nossa ideia era realmente colocar a cara na tela, sair desse lugar de invisibilidade completa no audiovisual, onde não temos o protagonismo de pessoas com deficiência. Acho que a gente atingiu o nosso objetivo nesse quesito", comemora Julia, que foi uma das roteiristas do programa "Tapas e Beijos", da TV Globo.
Gamarano Barbosa, envolvido em uma produção fora do Brasil, não pôde estar presente à exibção na mostra paulistana, mas enviou uma mensagem, lida pelo produtor Maurício Quaresma, em que destacou "o prazer e o aprendizado constante ao trabalhar com esse elenco maravilhoso, composto em sua maioria de pessoas com deficiência e mães atípicas, mesmo para os papéis de personagens sem deficiência. São elas e eles as nossas estrelas e espero que esse filme ajude a colocá-los em evidência", escreveu.
Produzido pelos Estúdios Globo em parceria com o Globoplay, o longa será lançado exclusivamente no streaming, sendo o quinto filme a receber o selo Exclusivo Globoplay. "Os Estúdios Globo estão produzindo de 12 a 18 filmes por ano. A gente está aproveitando a estrutura toda e fazendo filmes em sequência", registra Quaresma.
Apresentado na 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em cartaz na capital paulista, a produção tem como atriz principal Benedita Casé Zerbini, filha de Regina Casé. Profissional do audiovisual, tendo dirigido recentemente a série documental "Tardezinha", ela, que tem problemas com surdez, faz a sua estreia na frénte das câmeras.
"É o meu primeiro trabalho como atriz e eu acho que não teria nenhuma maneira mais bonita de estrear a não ser fazendo um filme com tanta representatividade. Tenho muito orgulho de poder dizer que somos atrizes e atores incríveis e que merecemos muito espaço", salienta Benedita, presente numa das sessões de "90 Decibéis" em São Paulo.
No filme dirigido por Felipe Gamarano Barbosa, Benedita vive uma advogada de grande firma que começa a sofrer uma perda progressiva da audição. A partir daí, a personagem terá que se reinventar, afetivamente e profissionalmente. Com isso,a produção toca em questões importantes como inclusão, representatividade e autonomia.
"A coisa mais importante, na verdade, era que a gente tivesse representatividade na tela", afirma a roteirista Julia Spadaccini, que é surda bilateral. "E o diretor falou: 'Vamos tentar fazer um filme 100% com artistas com deficiência. Conseguimos 95%, deixando uma pequena cota para pessoas que não tinham deficiência", assinala.
"Nossa ideia era realmente colocar a cara na tela, sair desse lugar de invisibilidade completa no audiovisual, onde não temos o protagonismo de pessoas com deficiência. Acho que a gente atingiu o nosso objetivo nesse quesito", comemora Julia, que foi uma das roteiristas do programa "Tapas e Beijos", da TV Globo.
Gamarano Barbosa, envolvido em uma produção fora do Brasil, não pôde estar presente à exibção na mostra paulistana, mas enviou uma mensagem, lida pelo produtor Maurício Quaresma, em que destacou "o prazer e o aprendizado constante ao trabalhar com esse elenco maravilhoso, composto em sua maioria de pessoas com deficiência e mães atípicas, mesmo para os papéis de personagens sem deficiência. São elas e eles as nossas estrelas e espero que esse filme ajude a colocá-los em evidência", escreveu.
Produzido pelos Estúdios Globo em parceria com o Globoplay, o longa será lançado exclusivamente no streaming, sendo o quinto filme a receber o selo Exclusivo Globoplay. "Os Estúdios Globo estão produzindo de 12 a 18 filmes por ano. A gente está aproveitando a estrutura toda e fazendo filmes em sequência", registra Quaresma.
