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26/10/2025 18:12
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CNI: Encontro de Lula com Trump representa 'avanço concreto' nas negociações para suspender tarifas
BRASÍLIA - A Confederação Nacional de Indústria (CNI) classificou como "avanço concreto" nas negociações para suspensão do tarifaço contra as exportações brasileiras a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste domingo (26/10).
"O anúncio do início das negociações sobre o tarifaço, com disposição real das duas partes para alcançar um acordo, é um passo relevante. Acreditamos que teremos uma solução que vai devolver previsibilidade e competitividade às exportações brasileiras, fortalecendo a indústria e o emprego no país", disse o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Em nota divulgada, a confederação afirmou também que o diálogo entre os dois líderes reforça "o compromisso de ambos os governos com a construção de soluções equilibradas para o comércio entre Brasil e Estados Unidos".
Alban destacou ainda que o setor continuará à disposição para contribuir tecnicamente no sentido da retomada da relação comercial entre os dois países sem tarifas abusivas.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que as negociações com o governo dos Estados Unidos para a suspensão do tarifaço contra as exportações brasileiras serão iniciadas ainda neste domingo, em Kuala Lumpur, na Malásia.
As negociações serão conduzidas pelo próprio chanceler, que terá auxílio do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Fernando Elias Rosa. Pelo lado norte-americano, as negociações serão conduzidas pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Vieira afirmou que a reunião "foi muito positiva e produtiva", e que "o saldo final é ótimo". Ele acrescentou que Lula e Trump trataram de todos os assuntos pendentes entre os dois países em "uma conversa muito descontraída, muito alegre, até".
Em julho, Donald Trump anunciou tarifas de 50% aos produtos brasileiros importados. Em seguida, o governo dos Estados Unidos aplicou a Lei Magnitsky contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e seus familiares.
Lula afasta razão para desavenças e Trump fala em acordos
No encontro com Trump neste domingo, na Malásia, Lula declarou que "o Brasil tem todo interesse em ter uma relação extraordinária com os Estados Unidos". "Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e EUA", disse.
O brasileiro afirmou que levou por escrito "uma longa pauta" e observou não saber se Trump "teria tempo". "O que nós temos certeza é que quando dois presidentes sentam em uma mesa (e) cada um coloca os seus pontos de vista, os seus problemas, a tendência natural é você encaminhar para chegar a um acordo", destacou.
Lula lembrou que no sábado (25/10) já tinha se manifestado "otimista" com a "possibilidade" de avanço na "manutenção da relação mais civilizada possível entre Brasil e Estados Unidos". "E que pretendemos manter", completou.
Já Trump afirmou que Brasil e Estados Unidos podem chegar a "bons acordos", mas negou que as tarifas aplicadas a produtos brasileiros sejam injustas. O tarifaço de 50% imposto pelos EUA, que começou a ser aplicado em agosto, foi um dos assuntos da reunião.
A intenção de Lula era mostrar, por exemplo, que o país norte-americano tem superávit com o Brasil e que as taxações "não têm sustentação". O líder brasileiro chegou a pedir a suspensão das tarifas por um período de negociação.
O norte-americano ressaltou que tem "respeito" por Lula e pelo Brasil e indicou a expectativa por um bom relacionamento. Ao comentar sobre a possibilidade de acordo, o líder dos EUA sinalizou que os dois lados podem oferecer algo, mas não adiantou condições.
As sanções a autoridades brasileiras também foram levadas por Lula para a reunião. O governo dos EUA puniu, por exemplo, o ministro do STF Alexandre de Moraes e sua esposa, a advogada Viviane Barci, com a Lei Magnitsky, que prevê bloqueios financeiros.
"O anúncio do início das negociações sobre o tarifaço, com disposição real das duas partes para alcançar um acordo, é um passo relevante. Acreditamos que teremos uma solução que vai devolver previsibilidade e competitividade às exportações brasileiras, fortalecendo a indústria e o emprego no país", disse o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Em nota divulgada, a confederação afirmou também que o diálogo entre os dois líderes reforça "o compromisso de ambos os governos com a construção de soluções equilibradas para o comércio entre Brasil e Estados Unidos".
Alban destacou ainda que o setor continuará à disposição para contribuir tecnicamente no sentido da retomada da relação comercial entre os dois países sem tarifas abusivas.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que as negociações com o governo dos Estados Unidos para a suspensão do tarifaço contra as exportações brasileiras serão iniciadas ainda neste domingo, em Kuala Lumpur, na Malásia.
As negociações serão conduzidas pelo próprio chanceler, que terá auxílio do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Fernando Elias Rosa. Pelo lado norte-americano, as negociações serão conduzidas pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Vieira afirmou que a reunião "foi muito positiva e produtiva", e que "o saldo final é ótimo". Ele acrescentou que Lula e Trump trataram de todos os assuntos pendentes entre os dois países em "uma conversa muito descontraída, muito alegre, até".
Em julho, Donald Trump anunciou tarifas de 50% aos produtos brasileiros importados. Em seguida, o governo dos Estados Unidos aplicou a Lei Magnitsky contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e seus familiares.
Lula afasta razão para desavenças e Trump fala em acordos
No encontro com Trump neste domingo, na Malásia, Lula declarou que "o Brasil tem todo interesse em ter uma relação extraordinária com os Estados Unidos". "Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e EUA", disse.
O brasileiro afirmou que levou por escrito "uma longa pauta" e observou não saber se Trump "teria tempo". "O que nós temos certeza é que quando dois presidentes sentam em uma mesa (e) cada um coloca os seus pontos de vista, os seus problemas, a tendência natural é você encaminhar para chegar a um acordo", destacou.
Lula lembrou que no sábado (25/10) já tinha se manifestado "otimista" com a "possibilidade" de avanço na "manutenção da relação mais civilizada possível entre Brasil e Estados Unidos". "E que pretendemos manter", completou.
Já Trump afirmou que Brasil e Estados Unidos podem chegar a "bons acordos", mas negou que as tarifas aplicadas a produtos brasileiros sejam injustas. O tarifaço de 50% imposto pelos EUA, que começou a ser aplicado em agosto, foi um dos assuntos da reunião.
A intenção de Lula era mostrar, por exemplo, que o país norte-americano tem superávit com o Brasil e que as taxações "não têm sustentação". O líder brasileiro chegou a pedir a suspensão das tarifas por um período de negociação.
O norte-americano ressaltou que tem "respeito" por Lula e pelo Brasil e indicou a expectativa por um bom relacionamento. Ao comentar sobre a possibilidade de acordo, o líder dos EUA sinalizou que os dois lados podem oferecer algo, mas não adiantou condições.
As sanções a autoridades brasileiras também foram levadas por Lula para a reunião. O governo dos EUA puniu, por exemplo, o ministro do STF Alexandre de Moraes e sua esposa, a advogada Viviane Barci, com a Lei Magnitsky, que prevê bloqueios financeiros.