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Brasil - Jornal Panorama
Geral 05/10/2025 21:44 Fonte: Jornal Panorama Minas Por: Jornal Panorama Minas Relevância: 30

Brasil - Jornal Panorama

Neste domingo (05), alguns milhares de manifestantes se reuniram no centro de São Paulo para protestar em apoio aos ativistas da Flotilha Global Sumud, detidos por Israel enquanto tentavam romper o bloqueio naval à Faixa de Gaza. A mobilização denunciou a atuação violenta da marinha israelense e pediu maior atuação do governo brasileiro para garantir a segurança dos 14 cidadãos nacionais detidos entre os centenas de ativistas.

O protesto começou na Avenida Paulista e seguiu em caminhada até a Praça Roosevelt, reunindo um público heterogêneo, com representantes de partidos políticos, sindicatos, organizações estudantis e brasileiros de origem árabe. Entre os manifestantes, o comerciante Ziad Saifi, de 51 anos, destacou que a mobilização busca lutar pela liberdade e pelo fim do genocídio na Palestina.

Para o jornalista Bernardo Cerdeira, de 70 anos, o grupo reivindica que o governo brasileiro rompa relações diplomáticas e comerciais com Israel, criticando exportações de petróleo e aço para o país e defendendo a criação de uma Palestina livre "do rio ao mar".

Os participantes lembraram ainda Yasser Arafat, ex-líder da Autoridade Palestina e vencedor do Prêmio Nobel da Paz, associando seu legado à resistência anticolonial defendida pelos jovens presentes, como Sol, de 19 anos, que afirmou estar na manifestação em apoio ao povo palestino e contra o apartheid e o regime neocolonialista israelense.

Flotilha Global Sumud

A Flotilha Global Sumud reuniu cerca de 50 embarcações com 461 ativistas de diversas nacionalidades, levando alimentos e medicamentos para a Faixa de Gaza, visando amenizar os impactos do bloqueio israelense, que provoca mortes por inanição e surtos de doenças.

Todos os barcos foram interceptados pela marinha e força aérea de Israel ainda fora das águas territoriais israelenses. Entre as denúncias de violência, está o alegado espancamento da ativista norueguesa Greta Thunberg, que teria sido arrastada como forma de intimidação.

Brasileiros detidos

Entre os ativistas, 11 são brasileiros. O Ministério das Relações Exteriores defende que a interceptação fere o direito internacional à liberdade de navegação e classificou a detenção como ilegal. Em nota, o governo brasileiro exigiu que Israel responda por atos violentos e garanta a segurança, bem-estar e integridade física dos ativistas enquanto estiverem sob custódia.

Da Redação do Jornal Panorama

Com as informações da Agência Brasil

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