Geral
26/10/2025 21:42
★
Relevância: 15
Boulos toma posse oficialmente nesta semana, mas mudança não altera protagonismo do PT no governo
BRASÍLIA - Guilherme Boulos (Psol) toma posse, oficialmente, nesta quarta-feira (29/10) como ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, em substituição a Márcio Macêdo (PT). Ele é o segundo filiado ao Psol na Esplanada dos Ministérios, ao lado da ministra de Povos Indígenas, Sonia Guajajara.
A mudança no Planalto, no entanto, não alterou a correlação de forças partidárias na Esplanada dos Ministérios. Do total de 38 ministérios, 11 são comandados pelo PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em segundo lugar, estão PSD e MDB, com três ministros cada. Em seguida, aparecem PSol, PSB e PDT, com dois cada; e PCdoB, União Brasil, Progressistas, Rede Sustentabilidade e Republicanos, cada partido com um ministro no governo. Chefes de 10 pastas do governo não são filiados a nenhum partido.
A posse oficial acontece na próxima quarta-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, mas Boulos já foi nomeado na última quarta-feira (22/10) como ministro da Secretaria-Geral. A pasta é responsável pela interlocução do governo com os movimentos sociais. E Boulos é uma aposta do presidente Lula para mobilizar a militância e os grupos próximos aos partidos de esquerda, visando as eleições de outubro de 2026.
Recomposição da base aliada
Apesar de acontecer em um momento em que o governo redistribui cargos a aliados, a substituição de Marcio Macêdo também não resolve o problema do governo com os partidos do Centrão.
O próprio presidente cobrou mais "lealdade" de partidos da base aliada, após uma série de derrotas do Executivo no Congresso. A mais recente foi a derrubada da medida provisória alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Desde então, o Planalto iniciou uma série de exonerações de indicados a cargos no governo por partidos do Centrão. Com isso, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, intensificou na última semana reuniões com lideranças partidárias para recompor a base aliada no Congresso.
Em agosto, o União Brasil e o PP anunciaram o desembarque do governo Lula, mas ainda mantém ministros.
O União Brasil tem três ministérios na Esplanada: Integração Nacional (Waldez Góes), Turismo (Celso Sabino) e Comunicações (Frederico Siqueira Filho).
Waldez Góes é filiado ao PDT e uma indicação da cota pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), importante aliado de Lula. O mesmo acontece com Siqueira Filho. Ele não é filiado ao União Brasil, era presidente da Telebras e foi alçado ao cargo de ministro pelo presidente do Senado. Já Sabino desafiou o partido e disse que continua como ministro.
No caso do PP, o ministro do Esporte, André Fufuca, que é deputado federal pelo Maranhão e sonha com o Senado, também não deixou o cargo e declarou publicamente apoio a Lula em 2026.
Inclusive, a redistribuição das vagas na administração federal deve privilegiar aliados fiéis em votações no Congresso e também que tenham a intenção de apoiar a reeleição do presidente Lula em 2026.
Na semana passada, em agenda na Indonésia, Lula voltou a dizer que será candidato na eleição do ano que vem. "Eu vou completar 80 anos, mas pode ter certeza que eu estou com a mesma energia de quando eu tinha 30 anos de idade. E vou disputar um quarto mandato no Brasil", disse o petista.
A mudança no Planalto, no entanto, não alterou a correlação de forças partidárias na Esplanada dos Ministérios. Do total de 38 ministérios, 11 são comandados pelo PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em segundo lugar, estão PSD e MDB, com três ministros cada. Em seguida, aparecem PSol, PSB e PDT, com dois cada; e PCdoB, União Brasil, Progressistas, Rede Sustentabilidade e Republicanos, cada partido com um ministro no governo. Chefes de 10 pastas do governo não são filiados a nenhum partido.
A posse oficial acontece na próxima quarta-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, mas Boulos já foi nomeado na última quarta-feira (22/10) como ministro da Secretaria-Geral. A pasta é responsável pela interlocução do governo com os movimentos sociais. E Boulos é uma aposta do presidente Lula para mobilizar a militância e os grupos próximos aos partidos de esquerda, visando as eleições de outubro de 2026.
Recomposição da base aliada
Apesar de acontecer em um momento em que o governo redistribui cargos a aliados, a substituição de Marcio Macêdo também não resolve o problema do governo com os partidos do Centrão.
O próprio presidente cobrou mais "lealdade" de partidos da base aliada, após uma série de derrotas do Executivo no Congresso. A mais recente foi a derrubada da medida provisória alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Desde então, o Planalto iniciou uma série de exonerações de indicados a cargos no governo por partidos do Centrão. Com isso, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, intensificou na última semana reuniões com lideranças partidárias para recompor a base aliada no Congresso.
Em agosto, o União Brasil e o PP anunciaram o desembarque do governo Lula, mas ainda mantém ministros.
O União Brasil tem três ministérios na Esplanada: Integração Nacional (Waldez Góes), Turismo (Celso Sabino) e Comunicações (Frederico Siqueira Filho).
Waldez Góes é filiado ao PDT e uma indicação da cota pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), importante aliado de Lula. O mesmo acontece com Siqueira Filho. Ele não é filiado ao União Brasil, era presidente da Telebras e foi alçado ao cargo de ministro pelo presidente do Senado. Já Sabino desafiou o partido e disse que continua como ministro.
No caso do PP, o ministro do Esporte, André Fufuca, que é deputado federal pelo Maranhão e sonha com o Senado, também não deixou o cargo e declarou publicamente apoio a Lula em 2026.
Inclusive, a redistribuição das vagas na administração federal deve privilegiar aliados fiéis em votações no Congresso e também que tenham a intenção de apoiar a reeleição do presidente Lula em 2026.
Na semana passada, em agenda na Indonésia, Lula voltou a dizer que será candidato na eleição do ano que vem. "Eu vou completar 80 anos, mas pode ter certeza que eu estou com a mesma energia de quando eu tinha 30 anos de idade. E vou disputar um quarto mandato no Brasil", disse o petista.