Entretenimento
26/10/2025 11:13
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Ao lado de Trump, Lula diz que 'não há nenhuma razão para qualquer desavença' entre Brasil e EUA
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu por quase uma hora com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Malásia neste domingo (26/10). No encontro, Lula declarou que "o Brasil tem todo interesse em ter uma relação extraordinária com os Estados Unidos".
"Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e EUA", disse o líder brasileiro. O encontro aconteceu às 15h30 pelo horário local, e 4h30 da madrugada pelo horário de Brasília (o fuso é de 11 horas de diferença).
Ainda no início da reunião, Lula afirmou que levou por escrito "uma longa pauta" e observou não saber se Trump "teria tempo".
"O que nós temos certeza é que quando dois presidentes sentam em uma mesa [e] cada um coloca os seus pontos de vista, os seus problemas, a tendência natural é você encaminhar para chegar a um acordo", destacou.
O presidente brasileiro lembrou que no sábado (25/10) já tinha se manifestado "otimista" com a "possibilidade" de avanço na "manutenção da relação mais civilizada possível entre Brasil e Estados Unidos". "E que pretendemos manter", frisou.
Integrantes dos governos dos dois países também estiveram na reunião. Entre eles, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Lula também comentou sobre o encontro no X, com uma foto ao lado de Trump.
"Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na Malásia. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras", escreveu.
Pauta de Lula tinha tarifaço e sanções
Lula e Trump viajaram à Malásia para a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Entre os assuntos na pauta de Lula, estava a tarifa de 50% impostas a produtos brasileiros vendidos pelo Brasil aos EUA, que começaram a valer em agosto.
A intenção do brasileiro era mostrar, por exemplo, que o país norte-americano tem um superávit de US$ 410 bilhões nas relações comerciais com o Brasil nos últimos 15 anos. A posição do petista era de que houve um "equívoco" nas taxações, que "não têm sustentação".
Lula também pretendia tratar com Trump sobre as sanções dos EUA a autoridades brasileiras, aplicadas com referência ao julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado que já condenou, entre outros réus, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A Lei Magnitsky, por exemplo, que prevê uma série de restrições no campo financeiro, foi aplicada sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua esposa, a advogada Viviane Barci. Além de Moraes, outros ministros da Suprema Corte tiveram vistos revogados pelo governo Trump.
Lula e Trump tiveram um breve encontro no corredor da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, em 23 de setembro. Ao discursar no evento, o norte-americano comentou sobre a "química" entre os dois e anunciou um encontro em breve.
Esta ocasião foi a primeira sinalização pacífica entre os dois desde o anúncio da sanção comercial, em julho, acompanhado de uma série de críticas disparadas pelo governo Trump ao Brasil.
Os presidentes também conversaram por telefone em 6 de outubro, quando designaram Mauro Vieira e Marco Rubio para continuação das tratativas entre os dois países. Em 15 de outubro, em uma agenda público do governo, Lula relembrou o rápido encontro na ONU e declarou: "Não pintou química [com Trump], pintou uma indústria petroquímica".
"Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e EUA", disse o líder brasileiro. O encontro aconteceu às 15h30 pelo horário local, e 4h30 da madrugada pelo horário de Brasília (o fuso é de 11 horas de diferença).
Ainda no início da reunião, Lula afirmou que levou por escrito "uma longa pauta" e observou não saber se Trump "teria tempo".
"O que nós temos certeza é que quando dois presidentes sentam em uma mesa [e] cada um coloca os seus pontos de vista, os seus problemas, a tendência natural é você encaminhar para chegar a um acordo", destacou.
O presidente brasileiro lembrou que no sábado (25/10) já tinha se manifestado "otimista" com a "possibilidade" de avanço na "manutenção da relação mais civilizada possível entre Brasil e Estados Unidos". "E que pretendemos manter", frisou.
Integrantes dos governos dos dois países também estiveram na reunião. Entre eles, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Lula também comentou sobre o encontro no X, com uma foto ao lado de Trump.
"Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na Malásia. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras", escreveu.
Pauta de Lula tinha tarifaço e sanções
Lula e Trump viajaram à Malásia para a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Entre os assuntos na pauta de Lula, estava a tarifa de 50% impostas a produtos brasileiros vendidos pelo Brasil aos EUA, que começaram a valer em agosto.
A intenção do brasileiro era mostrar, por exemplo, que o país norte-americano tem um superávit de US$ 410 bilhões nas relações comerciais com o Brasil nos últimos 15 anos. A posição do petista era de que houve um "equívoco" nas taxações, que "não têm sustentação".
Lula também pretendia tratar com Trump sobre as sanções dos EUA a autoridades brasileiras, aplicadas com referência ao julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado que já condenou, entre outros réus, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A Lei Magnitsky, por exemplo, que prevê uma série de restrições no campo financeiro, foi aplicada sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua esposa, a advogada Viviane Barci. Além de Moraes, outros ministros da Suprema Corte tiveram vistos revogados pelo governo Trump.
Lula e Trump tiveram um breve encontro no corredor da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, em 23 de setembro. Ao discursar no evento, o norte-americano comentou sobre a "química" entre os dois e anunciou um encontro em breve.
Esta ocasião foi a primeira sinalização pacífica entre os dois desde o anúncio da sanção comercial, em julho, acompanhado de uma série de críticas disparadas pelo governo Trump ao Brasil.
Os presidentes também conversaram por telefone em 6 de outubro, quando designaram Mauro Vieira e Marco Rubio para continuação das tratativas entre os dois países. Em 15 de outubro, em uma agenda público do governo, Lula relembrou o rápido encontro na ONU e declarou: "Não pintou química [com Trump], pintou uma indústria petroquímica".